Os sócios do Sporting aprovaram esta quarta-feira o Relatório e Contas relativo a 2009/2010 com 59,84 por cento de votos a favor, 36,99 contra e 3,17 em branco, num universo de 805 votantes.
Vitória para Bettencourt, ainda que com uma maioria mais pequena, se comparada com as eleições - mais de 90 por cento.
O presidente do Sporting e sua equipa preparavam-se para sentir o pulso dos sócios. Mais do que a discussão e votação do relatório e contas, o momento conturbado que vive o clube, muito por culpa dos maus resultados desportivos no campeonato, adivinhava uma AG de contrastes e alguma polémica. Esperava-se também uma espécie de barómetro à popularidade desta Direcção.
Acabou por sair vencedora por força dos quase 60 por cento dos sócios que aprovaram as contas, mas não se livrou de muitos apupos, discussão e... confusão mais violenta dentro da sala. Houve registo de desacatos dentro do pavilhão multi-desportivo, já depois da votação do Relatório 2009/2010. Foi pedido um reforço policial e foi possível ver a chegada de uma carrinha com 10 elementos do corpo de intervenção da PSP.
Seis sócios do Sporting, ainda assim, pediram para falar sobre as contas que se iriam votar. E logo o primeiro destes associados sportinguistas começou por criticar a gestão do clube.
Às 21.55 horas Bettencourt usou da palavra no período extra. O presidente alertou para o facto de as críticas no Sporting só servirem para fortalecer os adversários.
Pelo meio, José Eduardo Bettencourt reservou algumas palavras para o denominado projecto Roquette, implementado pelo antigo presidente a partir dos anos noventa e que tem sido alvo de críticas por algumas franjas de sportinguistas. Nessa altura, o líder dos leões foi imediatamente apupado.
Bettencourt, na intervenção final já depois da uma da manhã, desvalorizou os incidentes, dizendo que não era situação virgem: «Somos historicamente o clube mais instável do país.»
A Bola
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